sexta-feira, 20 de abril de 2012

Da VINCI: O ENCERRAMENTO DE UMA VIDA PARA O INÍCIO DA ETERNIDADE

Boa noite!

Já foi dito aqui que Leonardo da Vinci era portador de uma autoconfiança ilimitada. Mas, em compensação, sua exigência para consigo mesmo também era enorme. Talvez por isso tenha assinado tão poucas obras.

A Música está entre seus atributos. Por sua perícia em tocar Lira, foi recomendado por Lourenço de Médicis a Ludovico Sforza, O Mouro. Este, ao saber de suas perspectivas bélicas tratou logo de contratar seus serviços.

Quando os Franceses invadiram Milão, foi obrigado a fugir. Passou por diversos locais, diversas cidades, dentre eles Florença, antes de voltar para Milão. Durante os últimos anos que passou em Florença, sentiu-se obrigado a trabalhar para sobreviver, já que Sforza tornou-se "descuidado" em pagar o salário de Leonardo. Aceitava trabalhos de toda espécie, como engenheiro e algumas encomendas soltas, como artista.

Uma das encomendas de Leonardo foi o retrato de Lisa Gherardini, mulher de Francesco Giocondo.

Sinto dizer que este é a última postagem desta série sobre Da Vinci. Esse fim de semana não terei mais tempo. Então, nada melhor que encerrar como ele.

O quadro da mulher de Francesco é a última grande obra de Leonardo, conhecida hoje por Mona Lisa ou Gioconda.

Apesar de ser uma dama rica, Mona Lisa veste severamente, de negro, e não usa joias – em sinal de luto a morte recente de seu filho. Com 21 anos no início da pintura, passou ainda 6 anos como modelo de Da Vinci.
Mona Lisa ou A Gioconda


Fato interessante é que a encomenda nunca foi entregue ao cliente e à modelo. Como mais precioso de seus bens, Leonardo o levou consigo após receber o convite do Rei Francisco I da França para morar lá. Mais interessante ainda, apesar dos 12 mil francos recebidos, é que ele tenha aceitado vender o quadro para o Rei, que o colocou no Louvre.

Apesar da popularidade e importância que teve na época e que tem hoje não se compararem, a sua grandiosidade em seu tempo também é incontestável, levando até mesmo Reis a o pedirem que adornasse seus castelos apenas dando o presente de estar presente!

Seus últimos anos de vida foram tranquilos, perto de Amboise, no centro da França. Apesar de suas mãos paralisadas, seu espírito estava brilhante como nunca; seu sorriso, compreensivo e sua presença mais imponente.

Talvez, apenas a morte pudesse ter adjetivos comparáveis. Mas, isto só ele poderia perceber com sua sensibilidade incomparável ao encontrar seu momento derradeiro em 2 de Maio de 1519.


O Homem Vitruviano
A Anunciação













Primeira hélice de que se tem conhecimento
na história da humanidade,
por Leonardo da Vinci
Ponte projetada para burlar a altura
dos muros de castelos
por Leonardo da Vinci























Estudo acerca do coração humano
por Leonardo da Vinci





À Leonardo Da Vinci e À Arte!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Da VINCI: A TRAJETÓRIA DE UMA OBRA-PRIMA


Quem nunca ouviu falar, ou já viu a imagem de “A Última Ceia”? 

Esboço à carvão para
a pintura de A Última Ceia
por Leonardo
Estudo de Leonardo para a "Santa Ceia",
contendo o nome de cada um dos apóstolos
por Leonardo
Em italiano L'Ultima Cena e também II Cenacolo
é um quadro pintado para o refeitório de um convento,
sofreu inúmeras penas até que que recebesse a restauração que merecia, 
que só foi possível graças a vários esboços preliminares
 do próprio Da Vinci e de outras versões de outros artistas feitas logo após o término da obra.



A argamassa não estava preparada para pinturas, logo 20 anos foram suficientes para uma mancha de umidade virar bolor, o que alterou a pintura. Por incrível que pareça, uma porta foi aberta nessa parede! Os soldados de Napoleão se divertiram usando as figuras de Cristo e dos Apóstolos como tiro ao alvo quando invadiram a Itália.

Para completar, “restauradores” alteraram o afresco. A última restauração quase lhe devolveu a beleza original. 

Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco com pigmentos misturados com gema de ovo ao reboco úmido incluindo também um veículo de óleo ou verniz. Da Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com predominância da têmpera (um método de pintura no qual os pigmentos de terra são misturados a um “colante”, uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros,às vezes cola ou leite), não sendo muito feliz.
Ainda assim, é e sempre será uma das obras-primas da arte universal...




À Arte e À Leonardo Da Vinci!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Da VINCI: ARTE E GUERRA

Um homem que inventou coisas que a ciência levaria séculos para estudar.
Este mesmo homem demonstra que a arte não é apenas sensibilidade, mas o equilíbrio entre ela e a necessidade de poder, entre outros que veremos posteriormente. 
Seus projetos militares são impressionantes.




Os canhões tradicionais não eram o bastante para ele. Para aperfeiçoá-los, Leonardo Da Vinci desenhou esta inovadora carruagem de 12 canos de disparo. Apesar de ter uma cadência de disparo lenta, tem mecanismos de precisão e recarregamento muito engenhosos.


Sua vontade era instalar um sistema de recarregamento á retaguarda para todos os canos, acessível a partir de uma pequena entrada. desta forma não seria necessário passar á frente dos canhões para recarregá-los, isto possibilitava o recarregamento de alguns, enquanto outros atiravam. Também devido á disposição em leque, as traseiras dos canhões estão muito próximas, facilitando o recarregamento. Infelizmente, a tecnologia necessária para criar um sistema destes estava ainda a alguns séculos de distância.



 A forma em leque em que os canos estão dispostos tornava-a uma eficaz arma contra um número considerável de soldados inimigos. Era também bastante leve e compacta, o que a tornava fácil de carregar e transportar para o campo de batalha.




As rodas largas, combinadas com o peso relativamente baixo da carruagem, tornava prático ajustes horizontais á linha de tiro, incluindo voltas de 180º, pois a carruagem era leve o suficiente para se levantar do chão.


Ao virar-se esta pega, os canhões podiam ser fácil e rapidamente inclinados para calibrar a altura e alcance do tiro.




À Arte e À Da Vinci!


Da VINCI: A GÊNESE DE UM GÊNIO

Provável autorretrato de Leonardo da Vinci,
cerca de 1512 a 1515.
Bom dia, amigos da arte!

Ontem, dia 15, foi um dia muito especial. Há 560 anos, em Anchiano (vilarejo do município Vinci , província de Florença), 15 de abril de 1452, nascia um dos indivíduos mais incríveis que já aportaram em nosso planeta. Leonardo di Ser Piero da Vinci. Em homenagem a este fato memorável, durante esta semana haverá diversas postagens acerca deste gênio.

Filho de uma camponesa, Catarina, e de um advogado, Piero da Vinci, Leonardo era extremamente sonhador e portador de uma autoconfiança ilimitada, o que, combinado o seu intelecto, criou um homem de fama e importância atemporais; indispensável quando se trata de renascimento; pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, matemático, químico, botânico, geólogo, cartógrafo, físico, mecânico, poeta, músico, etc.
La Vierge à l'enfant avec Sainte  Anne
(A Virgem e a Criança com Sant'Ana)


A discrepância social entre seus pais fez com que seus avós paternos tratassem de impedir a união de seu filho com Catarina. Apesar de seu pai ter tido um casamento arranjado com uma moça "adequada", segundo os conceitos da época, Leonardo sentia falta de ternura materna. Nunca conheceu sua mãe biológica pois nunca lhe foi permitido, mesmo sabendo de sua existência. Esta ausência de afeto materno gerou a presença de belezas incontáveis - flores, cordeiros, árvores nobres e vetustas, montanhas, etc - para deleite do menino Cristo nos braços de Maria.


É com este quadro que inicio esta homenagem (nada mais oportuno, logo após a páscoa).





À Arte e À Leonardo Da Vinci!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

SEXTA-FEIRA 13


Apesar de particularmente acreditar que 13 não tem nada a ver com azar (é o número da borboleta, borboleta significa transformações, logo... pode ser bom ou ruim) é amplamente conhecido por péssima sorte. Até na numerologia é um número irregular. No Tarô, a carta de número 13 representa a morte!

Já a sexta-feira também é considerado um dia de azar.

No cristianismo é relatado um evento de má sorte em 13 de outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV, o Belo, da França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.

Na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus Cristo e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio.

Outra possibilidade está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma
vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.
Balder, o deus da bondade.

Loki, O Astuto



Existem histórias remontadas também pela mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses.






Frigga
Segundo outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.



Jason Voorhees




Hoje, Sexta-feira 13 de abril de 2012, a noite foi interessante. Filmes interessantes na TV à cabo. "Sexta-feira 13" de 2009 no FX e logo depois a versão de 1980 no TCM. 
Leatherface



Agora, estou assistindo à "O Massacre da Serra Elétrica" de 2006 na Warner. E a programação segue nos canais fechados com filmes macabros.









Nosferatu
Uma indicação para vocês: Nosferatu
"Nosferatu,no original Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens, conhecido ainda em Portugal como Nosferatu, o Vampiro, é um clássico expressionista do cinema mudo de F.W. Murnau (1922), baseado no célebre romance "Drácula de Bram Stoker", embora com nomes de personagens e lugares alterados, pois os herdeiros do escritor não concederam a Murnau autorização para realizar este filme."






Sinopse

Em 1838, Hutter, agente imobiliário que mora em Wisborg (referência a cidade atual de Wismar), atravessa os Montes Cárpatos para vender uma casa em sua vizinhança ao proprietário de um castelo no Mar Báltico, o excêntrico Conde Orlock. Orlock é na verdade um milenar vampiro que, buscando por mais sangue, quer se mudar para a Alemanha. Ao chegar na propriedade que comprou, ele traz consigo grande terror e os habitantes acham que estão sendo vítimas da peste. A única que pode salvar as pessoas dos ataques do vampiro é Ellen, a esposa de Hutter, visto Orlock se sentir atraído por ela. 


Um Bom filme E uma ótima Sexta-feira 13!

À ARTE!

quinta-feira, 22 de março de 2012

FAZE O QUE TU QUERES, HÁ DE SER TUDO DA LEI!





Dia 23 de março “Faze o que tu queres... Há de ser Tudo da Lei!”




A música... O idealismo...
Algumas vezes, companheiros inseparáveis. É o que se enxerga inúmeras vezes na música de Raul Seixas. Imortalizado pela força, pela poesia, e pela filosofia de suas criações, e agora mais pela produção de Alain Fresnot e Denis Feijão.

Normalmente eu faço comentários sobre determinados temas, mas, abrindo uma exceção, vou apenas trazer para vocês o texto que vi no site do filme.

“Enquanto o mundo fervilhava nas trepidações das motos de ‘Easy Rider’, no ritmo frenético de Elvis Presley, nos poetas Beatniks, na explosão da contracultura, um menino da Bahia deu a luz ao Rock no Brasil.

Um disco voador desgovernado que abduziu o coração e a mente de milhares de fãs.
Raul Seixas, um homem que virou mito.

O filme desvenda através de imagens raras de arquivo, encontros com familiares, conversas com artistas, produtores e amigos, a trajetória da lenda do Rock.

Raul Seixas morreu jovem porque viveu intensamente. Rock’n roll, amor livre, Sociedade Alternativa, drogas, magia negra, ditadura militar, mulheres e filhas. Um homem que queria viver da sua obra e morreu por ela.

O Início, o Fim e o Meio se confundem, porque a história ainda não acabou.”

Abaixo, Trailers:



E esta sexta-feira, 23, será o dia em que nós, fãs, alguns até discípulos de Raulzito, provaremos que a história não acabou, que Raul transcendeu seu corpo físico, que nem a morte foi capaz de leva-lo ao esquecimento.

Lendo curiosidades sobre o filme, como quando Paulo Coelho começou a falar de Raul uma mosca pousou em seu braço, é difícil conter a emoção.

Raul sonhava ser ator quando criança. Agora estará nas telas de cinema.

 Eu vou, e você?

"Se você não está dentro da sociedade alternativa, a sociedade alternativa sempre esteve dentro de você."





À Arte e Viva ao Raul!

sexta-feira, 16 de março de 2012

ARTES CÊNICAS



Hoje, em termos de encenação o cinema é referência. Mas nem sempre foi assim.

Antes das telonas, quem era o responsável pela propagação das artes cênicas? Podemos citar quatro: Teatro, Ópera, Dança e Circo.


Apesar de cientistas acreditarem que as origens do teatro são de muito antes disso, o primeiro evento registrado com diálogos foi uma apresentação anual de peças sagradas no Antigo Egito do mito de Osíris e Ísis, por volta de 2500 a.c., que conta a história da morte e ressureição de Osíris e coroação de Horus.

O termo se tornaria independente de religiões apenas na Grécia governada por Pisístrato, tirano ateniense que estabeleceu uma dinâmica de produção para a tragédia e que possibilitou o desenvolvimento das especialidades dessa modalidade. 
 Teatro de Dionísio 
O Brasil conheceu esta arte no século XVI através de alguns padres, dentre eles José de Anchieta e seus altos, como o Auto de São Lourenço, escrito em tupi-guarani, português e espanhol.

Gonçalves de Magalhães, ao voltar da Europa em 1867, introduziu no Brasil a influência romântica, que iria nortear escritores, poetas e dramaturgos. Gonçalves Dias (poeta romântico) é um dos mais representativos autores dessa época, e sua peça Leonor de Mendonça teve altos méritos, sendo até hoje representada.

Alguns romancistas, como Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, e poetas como Álvares de Azevedo e Castro Alves, também escreveram peças teatrais no século XIX. 


Oswald de Andrade ensaiou a modernidade para o teatro brasileiro. Todavia, é a partir da encenação de Vestido de Noiva, de Nélson Rodrigues, e em pleno Estado Novo, que nasce o teatro brasileiro moderno, não apenas na dramaturgia, mas também na encenação.

Surgiram grupos e companhias estáveis de repertório. Quando tudo ia bem, a ditadura veio e gerou um retrocesso produtivo, mas não criativo. Prova disso é que nunca houve tantos dramaturgos atuando simultaneamente.

Com o fim do regime militar, no início da década de 1980, o teatro tentou recobrar seus rumos e estabelecer novas diretrizes. Surgiram grupos e movimentos de estímulo a uma nova dramaturgia.






Acompanhando a evolução das sociedades humanas, as artes cênicas tiveram diversas aplicações, dentre estas, o humor e a expressão cultural de determinado local. Que tal irmos a algum espetáculo para prestigiar essa arte?

Se aceitarem dicas, O teatro do Sesi hospedará “As Disputadas”. 


http://www.centroculturalsesi.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=91:as-disputadas&catid=81&Itemid=486

“Espetáculo que fará temporada aos domingos de março, abril e maio, a partir de 11 de março, sempre às 19h30. Ingressos antecipados no próprio teatro do Centro Cultural Sesi, na Pajuçara: 20,00 (inteira) 10,00 (estudantes com carteira e idosos).

“As Disputadas” é um espetáculo cômico, alegre, risonho e divertido, com os personagens populares Ama Montechio (Regis de Souza), Pantalla Burttefly (Pierre Pellegrine) e Salete Suspiro (Ednilson Salles), aproveitando-se da história do folguedo alagoano chamado "Pastoril".”

Para quem não sabe o que é Pastoril: é o mais conhecido e difundido folguedo popular de Alagoas.É uma fragmentação do Presépio, sem os textos declamados e sem os diálogos. É constituído apenas por jornadas soltas, canções e danças religiosas ou profanas, de épocas e estilos variados.


Pretendo ir, quem sabe não nos encontramos lá?




À Arte e Bom Espetáculo!