terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CHOVE. HÁ SILÊNCIO


Sábado passado, 18,  Maceió deu um "até logo" ao calor trazendo a beleza da chuva para nos refrescar.
Nesse tempo, gosto de refletir sobre as coisas que me acontecem observando a água caindo e ouvindo o som correspondente, sentindo aquele frio que dá sono...
Convido todos a fazer o mesmo da próxima vez que nuvens carregadas encobrirem o céu!
Para os calorentos como eu vamos aproveitar esse friozinho tão raro quanto gostoso na nossa cidade;
e para os friorentos, agasalhem-se e juntos vamos aproveitar!

Chove. Há Silêncio

Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...

Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...

Fernando Pessoa, em "Cancioneiro"

À Arte!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A 7ª ARTE...


Estabelecer marcos históricos é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Mas, de fato, a data de 28 de Dezembro de 1895, é especial no que refere ao cinema, e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo (considerado geralmente como um aperfeiçoamento do cinetoscópio de Thomas Edison, um instrumento de projeção interna de filmes). O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária.

Direcionando nossa conversa de hoje aos clássicos, façamos uma ressalva a um dos melhores filmes já produzidos.

Gone with the Wind ou  E o Vento Levou, no Brasil, é um clássico americano de 1939, um romance dramático, dirigido por Victor Fleming e com roteiro de Sidney Howard, adaptado do livro homônimo de autoria de Margaret Mitchell.

Apesar de a direção ter sido creditada exclusivamente a Victor Fleming, ele dirigiu apenas 45% do filme, com o restante cabendo a George Cukor, Sam Wood, William Cameron Menzies e Sidney Franklin, todos não-creditados.

Gone with the Wind foi o primeiro filme à cores, usando a tecnologia technicolor, a ganhar o Oscar de melhor filme.

Vamos ao filme:

O filme conta a história da voluntariosa Scarlett O'Hara, filha de um imigrante irlandês que se tornou um rico fazendeiro do Sul dos Estados Unidos, pouco antes da Guerra Civil Americana.

Scarlett começa o filme como uma bela e mimada jovem, que vive na fazenda de seus pais. Ela é apaixonada por Ashley Wilkes, filho do fazendeiro vizinho, mas este fica noivo da doce Melanie Hamilton. Em meio a esta descoberta, Scarlett conhece Rhett Butler, um cavalheiro de má reputação e que não toma partido na disputa entre Sul e Norte do país. Butler se apaixona instantaneamente por Scarlett, que não o retribui. Para fazer ciúmes em Ashley, logo em seguida, Scarlett casa-se com Charles Hamilton, irmão de Melanie. Após os casamentos, Ashley e Charles partem para a Guerra Civil, recém-declarada. Contudo, Charles morre pouco tempo depois disso. Após ficar viúva, Scarlett vai para a cidade de Atlanta para viver com Melanie e aguardar a volta de Ashley, e acaba por servir ao Sul, como enfermeira, ajudando a cuidar dos feridos da chamada Guerra de Secessão. Durante esse tempo fora de casa ela começa a sentir na pele o sofrimento, fome e pobreza. Ao voltar para a fazenda dos pais, Scarlett encontra sua mãe morta, seu pai louco e toda a fortuna destruída. Diante dessa situação desesperadora ela toma as devidas providências para não deixar que tomem a sua querida fazenda Tara. Para tanto, ela casa-se com o noivo de sua irmã por este estar prosperando, mesmo ainda amando Ashley. Todavia, Scarlett torna-se viúva novamente.

Durante esse processo, Scarlett precisa da ajuda de Rhett diversas vezes, chegando até a se casar com ele após a perda de seu segundo marido, por interesse. O casamento é conturbado e o casal têm uma filha, Bonnie, que morre tragicamente. Pouco depois, Melanie adoece e morre. Ao ver a desolação de Ashley pela morte da esposa e Rhett indo embora, Scarlett faz uma importante descoberta; contribuindo assim para o desfecho surpreendente.
Alguém interessado em saber o desfecho? Vamos ao filme!

Para aqueles que gostam de um ótimo Romance, que tenha conteúdo histórico, recomendo este filme. Posso não ser crítico, mas considero notório o sentimento que ele desperta.

Um Bom filme a Todos!



Rhett e Scarlett


Texto adaptado de: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_cinema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gone_with_the_Wind



À Arte!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SORRISOS SÉRIOS

As experiências da vida não são eternas. Podem deixar marcas profundas ou sinais de esperança. Cabe, ou não, à arte captar a sensibilidade, a beleza de sofrer e de ter fé em algo...



Ouvir palavras lindas e sentir um incômodo no fundo do peito,
Colocar poeira em baixo do tapete,
Cantar alegrias e não sentir melodia.
Imaginar o pote no fim do arco-íris
E encontrar um fenômeno físico.

Queimar cartas para o papai Noel
Enquanto seu pai queima notas na multinacional da esquina.
Abraçar o nada e acordar com o impulso,
Sentindo o sussurro frio de uma noite sem calor.
Pensar em saudade como um choro sem lágrimas.

Falar ofensas entre linhas de festas.
Reconfortar o presente amenizando o futuro.
Dizer palavras sem sentido único
Como pedido de atenção.

Ter as velinhas do seu bolo assopradas pelo filho do chefe do seu pai.
Rezar com os joelhos no milho.
Estudar por um futuro alívio.

Ter a tão falada esperança!
Acreditar que a noite da entrega amorosa,
Pode novamente iluminar mais que um dia
De sorrisos sérios sem lágrimas.


R.S. Matias


À Arte!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

FIGURAS NEGRAS

A arte na antiguidade tem inúmeras surpresas para seus admiradores.
Exéquias foi considerado o maior artista de pinturas negras. Outros também se destacaram, como Clítias e Sófilos. Neste tipo de cerâmica, os personagens da ânfora são pintados de preto, permanecendo o fundo com a cor natural da argila. Essas são as chamadas figuras negras. 
Após a pintura o contorno e o interior do desenho eram riscados com uma ferramenta pontiaguda, 
de forma que a tinta preta fosse retirada.
Este é um Vaso Grego no "Estilo de Figuras Negras" com Aquiles e Ájax Jogando Damas, assinado por Exéquias. Cerca de 540 a.C. 


À Arte!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

FÓSFORO?


O que é um palito para uma mente fértil? Onde o adubo da visão é a imaginação?
Arte é não se mede. O tamanho está no sentimento que causa e sentimentos não se aplicam ao plano físico...

À Arte!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

INNUENDO



O tempo não descansa e há momentos que devem ser lembrados.
4 de Fevereiro... Há exatamente 21 anos, Innuendo estava sendo lançado. Décimo quarto álbum de estúdio da banda inglesa Queen e o último antes da morte de Freddie Mercury.

"Innuendo foi recebido como o álbum mais triste que foi feito pelo grupo Queen. Principalmente porque, durante os clipes, principalmente o de These Are The Days of Our Lives, nota-se um Freddie Mercury visivelmente fraco e abatido, conseqüência da AIDS (Sida) que ele contraiu. Freddie Mercury morreu no mesmo ano em que este álbum foi lançado."

Em LP

Lado 1
1. "Innuendo"
2. "I'm Going Slightly Mad" (Queen, Peter Straker)
3. "Headlong"
4. "I Can't Live with You"
5. "Ride the Wild Wind"

Lado 2
1. "All God's People" (Queen, Mike Moran)
2. "These Are the Days of Our Lives"
3. "Delilah"
4. "Don't Try So Hard"
5. "The Hitman"
6. "Bijou"
7. "The Show Must Go On"

Em CD

1. "Innuendo"
2. "I'm Going Slightly Mad"
3. "Headlong"
4. "I Can't Live With You"
5. "Don't Try So Hard"
6. "Ride the Wild Wind"
7. "All God's People" (Queen, Mike Moran)
8. "These Are the Days of Our Lives"
9. "Delilah"
10. "The Hitman"
11. "Bijou"
12. "The Show Must Go On"


À Arte e Ao Freddie Mercury!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

TRANSA

Faixas 

1. "You Don't Know Me" (Caetano Veloso) – 3:49
2. "Nine Out of Ten" (Caetano Veloso) – 4:57
3. "Triste Bahia" (Gregório de Matos Guerra, Caetano Veloso) – 9:47
4. "It's a Long Way" (Caetano Veloso) – 6:07
5. "Mora na Filosofia" (Monsueto Menezes, Arnaldo Passos) – 6:16
6. "Neolithic Man" (Caetano Veloso) – 4:55
7. "Nostalgia (That's What Rock'n Roll Is All About)" (Caetano Veloso) – 1:22

Exilado em Londres desde 69, Caetano Veloso obteve permissão para ficar um mês no Brasil em janeiro de 71 para assistir à missa comemorativa dos 40 anos de casamento de seus pais. No Rio de Janeiro, o cantor foi interrogado por militares que pediram para que fizesse uma canção elogiando a rodovia Transamazônica - na época em construção. Caetano não aceitou a "proposta", mas de volta a Londres, gravou no final do ano o LP com o nome de "Transa", lançado em território brasileiro em janeiro de 1972, quando o cantor voltou definitivamente ao país.
Sobre o álbum, Caetano declarou em uma entrevista ao Jornal do Brasil: "Chamei os amigos para gravar em Londres. Os arranjos são de Jards Macalé, Tutti Moreno, Moacyr Albuquerque e Áureo de Sousa. Não saíram na ficha técnica e eu tive a maior briga com meu amigo que fez a capa. Como é que bota essa bobagem de dobra e desdobra, parece que vai fazer um abajur com a capa, e não bota a ficha técnica? Era importantíssimo. Era um trabalho orgânico, espontâneo, e meu primeiro disco de grupo, gravado quase como um show ao vivo".
Na mesma entrevista: "Foi Transa que me deu coragem de fazer os trabalhos com A Outra Banda da Terra. Tem a Nine out of Ten, a minha melhor música em inglês. É histórica. É a primeira vez que uma música brasileira toca alguns compassos de reggae, uma vinheta no começo e no fim. Muito antes de John Lennon, de Mick Jagger e até de Paul McCartney. Eu e o Péricles Cavalcanti descobrimos o reggae em Portobelo Road e me encantou logo. Bob Marley e The Wailers foram a melhor coisa dos anos 70. Gosto do disco todo. Como gravação, a melhor é Triste Bahia. Tem o Mora na Filosofia, que é um grande samba, uma grande letra e o Monsueto é um gênio. Me orgulho imensamente deste som que a gente tirou em grupo".

Esse álbum foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o oitavo melhor disco brasileiro de todos os tempos.

À Arte!

EU SEI QUE VOU TE AMAR

Na nossa décima publicação, não poderíamos deixar de falar em algo que pertence a todos. O amor por si só já é arte para a mente de quem o sente, enxergando mais cores, mais luzes, mais beleza em tudo, principalmente quando não está apenas no estágio da paixão.
Súplicas... declarações de amor... Desde os tempos mais remotos estão na arte, confundem-se com arte... 
"Eu sei que vou te amar é uma canção de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. É considerada a 24ª melhor música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil."



Eu Sei Que Vou te Amar

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida



À Arte!