segunda-feira, 12 de março de 2012

ARTESANATO DE BARRO - O SOPRO HUMANO

Quem nunca ouviu falar que Deus criou o homem do pó? Nós homens também criamos, e há tempos... 3000 a.C. já mexíamos no barro. O artesanato de barro é expressão da sensibilidade, da ingenuidade do artesão na modelagem do barro.

É uma herança deixada pelos índios. As índias faziam brinquedos de barro para os filhos e objetos domésticos pintando com tintas fortes e coloridas, inspiradas na natureza.

  Os artesãos do barro, normalmente, são artistas anônimos espalhados pelos sertões do Norte e Nordeste do Brasil.


A arte em si é muito conhecida em Caruaru, Tracunhahém e Goiana, as cidades que mais se destacam na produção de cerâmicas utilitárias e ornamentais em Pernambuco.

Caruaru em especial contribuiu para esta Arte com Mestre Vitalino.
 

Filho de lavradores, retratou em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino, especialmente do interior de Pernambuco, e da tradução do modo de vida dos sertanejos – é o que se entende por arte figurativa.

Como toda criança, fazia bichinhos - boi, cavalo, bode - com as sobras do barro usadas por sua mãe que era louceira, designação dadas às mulheres que faziam utensílios domésticos de barro. Chamava a esta produção de loiça de brincadeira. Vitalino passou da loiça de brincadeira para a cerâmica figurativa com a peça “Caçador de Onça”: gato maracajá trepado numa árvore, acuado por um cachorro e o caçador fazendo pontaria, que foi vendida na Feira de Caruaru.

Caçador de Onça

O reconhecimento do artista foi ampliado após a sua morte. Sua biografia inspirou o samba-enredo da Império da Tijuca nos carnavais de 1977 e 2009. A festa de São João de Caruaru o adotou como a personalidade homenageada de 2009.

Suas obras mais famosas são Violeiros, O enterro na rede, Cavalo-marinho, Casal no boi, Noivos a cavalo, Caçador de onça e Família lavrando a terra.




Violeiros








               





À Arte!

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